domingo, 1 de abril de 2012

I need you more than everything



Bem aqui está a parte II. Como só cheguei agora a casa de fim-de-semana só mesmo amanhã é que conseguirei postar o próximo capitulo da fic. 
Espero que gostem! Os vossos comentários são sempre bastante importantes.


(PARTE II)

Anne acalmou-se depois de ter atirado tudo cá para fora. Já não esperneava nos braços de Harry sob o olhar atento dos restantes membros. Louis continuava sem uma única fala enquanto os amigos esperavam por uma resposta. Harry largou o corpo de Anne lentamente para não ter nenhuma surpresa. A raiva dela foi-se esmorecendo aos poucos e assim que ela se sentiu completamente liberta foi ter com Louis calmamente.

- Eu só gostaria de saber era o porquê de o teres feito… - falou pausadamente mas com mágoa na voz – e nem sequer teres tido a decência de ir falar com ela! – Anne não aguentou estar muito tempo na frente de Louis. Virou costas mas o seu movimento foi interrompido pela voz de Louis a ecoar na sala.

- Depois do que aconteceu, eu tentei ir falar com ela mas nunca mais a encontrei – Anne virou-se e encarou novamente Louis – Descobri mais tarde que a Emma tinha mudado de escola mas não sabia qual era. Tentei ir aos sítios aonde ela costumava ir habitualmente mas não havia sinais dela em nenhuma parte.

- Por algum motivo ela não queria ser encontrada. E se não te queria encontrar era normal que não voltasse aos mesmos locais aonde costumavam estar – respondeu rapidamente Anne com um tom de voz autoritário – A última pessoa que ela queria ver eras tu…

- Mas eu queria explicar-lhe que tudo não passara de um erro… - Louis não conseguiu prosseguir com o seu pensamento sendo interrompido pelo exaltamento de Anne

- Estavas bêbado? Fora de ti? A outra apontou-te uma arma à cabeça? Não pois não? – Louis não disse nada – Bem me parecia! Então não tens desculpa…Quando a outra se aproximou de ti podias ter-te afastado simplesmente, não falavas. Mas não. Quiseste ser um querido e ficaste a fazer-lhe companhia enquanto a minha irmã estudava em casa. Como é que achas que ela reagiu quando no outro dia de manhã ela viu aquelas fotos? Quando se apercebeu que o namorado afinal tinha-se ido divertir á noite, ainda por cima com outra?

- Eu sei que o que fiz não tem desculpa mas eu só fui lá porque um amigo meu me tinha pedido para ir lá ter com ele. Foi só isso. Tens que acreditar em mim…

- Eu? Eu não tenho que acreditar em ti, a minha irmã é que tem que acreditar!

- Mas ela nem sequer quer falar comigo. Viste como ela se foi embora. Só tu é que me podes ajudar…

- Só podes estar a gozar comigo! Se fosse eu já teria dado cabo da tua raça…achas que vou ajudar-te para voltares a sofrer a minha irmã? Nem pensar…

- Eu posso confirmar o que o Louis disse, aliás todos nós podemos confirmar! – afirmou Harry chegando-se perto deles

- Que conveniente! Por favor…vocês são todos amigos, é normal que se protejam uns aos outros – respondeu prontamente Anne não dando qualquer valor ao que Harry dissera mas ele não desistiu de tentar convence-la do contrário

- É verdade que somos amigos mas é também é verdade o que disse. Lembro-me na perfeição do Louis me dizer que andava á procura de uma rapariga a algum tempo mas que lhe perdera o rasto. Eu não sei o que se passou porque o Louis nunca mo disse mas uma coisa tenho a certeza. Se ele diz que foi um erro e que está arrependido é porque está mesmo…

- Vocês não percebem que é a minha irmã que está metida nisto tudo. Foi ela que sofreu e que nunca mais voltou a ser o que era. Não vou permitir que ela tenha novamente uma recaída. A Emma está a atravessar uma melhor fase agora, tem objetivos…

- Eu só quero que ela me ouça, nem que seja por dois minutos. Preciso que ela me oiça dizer que não queria que aquilo tivesse acontecido e ter-lhe causado tanto sofrimento… - Louis colocou as suas mãos em cima dos ombros de Anne – Por favor…

- Não é assim tão simples…além disso conheço muito bem a minha irmã, ela nunca irá falar contigo.

- Mas se bem me lembro, a Emma dava-te ouvidos por isso se lhe pedires pode ser que ela mude de ideias em relação a mim…

- Não sei não… - Anne estava demasiado relutante em relação aquela ideia de pôr a irmã a falar com o Louis

- Anne… - ela voltou-se para quem tinha pronunciado o seu nome, Harry – queres ser a causadora de estragar a oportunidade de a tua irmã ser feliz?

- Como se ela ainda gostasse dele…

- E não gosta? – aquela pergunta de Harry fê-la ter duvidas. Lá no fundo sabia que ela ainda não o tinha esquecido, mas seria isso suficiente para a irmã voltar a confiar no Louis? – até tu tens dúvidas!

- Eu vou-me arrepender disto… - disse Anne enquanto olhava para cima

- Quer dizer que me ajudas? – perguntou Louis com um enorme sorriso

- Se tu, por acaso, fazes a minha irmã chorar ou outro tipo de coisa, juro que é desta que acabo com a tua espécie, ouviste bem?

- Sim sim! Obrigado Anne!

***

(Dia seguinte, hora do concerto)

(Emma)
Apesar de não querer estar ali, por todos os motivos e mais alguns, não podia faltar á promessa que tinha feito à Anne, de estar com ela no concerto. Sentia-a esquisita, não estava tão alegre nem tão eufórica como deveria estar. Passava o tempo todo a olhar em redor, parecia que estava á espera de alguém. Tentei perguntar-lhe várias vezes mas ela não se descosia. E nem sequer falou comigo sobre o que ficou a falar com os rapazes no dia anterior.

Encaminhamo-nos para um local VIP porque, pelos vistos, a Anne ganhou dois passes especiais para os bastidores do concerto. Em situações normais ela estaria a delirar mas era precisamente ao contrário, continuava serena e tranquila. Chegamos ao sitio aonde a Anne assistiria ao concerto e rapidamente os rapazes chegaram e cumprimentaram-na. Olharam para mim e apenas disseram um “olá” ao qual respondi também com a mesma resposta.

Tentei manter o meu campo de visão longe daquele rapaz com a camisola ás riscas mas foi impossível, outra vez. Estava a começar a ficar farta de não conseguir esconder o que sentia, ou melhor, o que tentava reprimir bem dentro de mim. Aquele olhar, sentia-o a percorrer todo o meu corpo, todos os recantos da minha silhueta. Sentia-o a penetrar para além da minha roupa, a recordar as feições do meu corpo nu a que mais nenhum rapaz tivera acesso. Engoli em seco. Queria respirar mas não conseguia, não havia quantidade de ar suficiente para bombear o meu coração.

Sorri interiormente. Por momentos tinha voltado a presenciar aquele desejo nos olhos do Louis e que me deixavam completamente desorientada. Queria mais, inconscientemente, queria voltar a ter as suas mãos a percorrerem o meu corpo com a sua delicadeza natural, queria que o cheiro tão característico dele voltasse a invadir a minha pele e que tivéssemos tão próximos que as nossas respirações se misturassem.  Corei com os meus pensamentos mais profundos. Desviei rapidamente o olhar e sentei-me num banco à espera que aquele concerto passasse o mais rapidamente possível.

As músicas foram ecoando na minha cabeça á medida que eles tocavam juntamente com os gritos estridentes das fãs. Finalmente tinha visto a minha irmã a ter um comportamento digno dos últimos tempos, tinha começado a cantar e a dançar ao sabor da música. Apesar de tudo, a minha mente continuava vidrada no rapaz das riscas. Cada vez que ele cantava o meu coração acelerava exponencialmente parecendo mesmo que ele sairia do meu peito. Voltava a sentir aquele formigueiro na barriga, os meus joelhos tremiam mesmo estando sentada.

Peguei na minha mala castanha que estava ao meu lado, vasculhei no seu interior desarrumado o meu telemóvel preto e tirei-o juntamente com os fones. Coloquei os fones nos ouvidos, pus a música no volume máximo e tentei abstrair-me de todo aquele cenário. Ao início resultou mas mesmo não o ouvindo, continuava a senti-lo no meu coração. Já não aguentava mais. Levantei-me do banco, guardei o telemóvel e tentei encontrar no meu campo de visão o palco. Precisava de o ver. E lá estava ele, feliz a cantar como há muito não o via. A minha memória foi invadida de recordações, de todos os sorrisos do Louis e do quanto aquele sorriso era importante para mim. Ele olhou para mim, parecia que tinha sentido a minha presença. Sorriu. Aquilo já era demais para mim. Ia virar costas mas a minha irmã não deixou.

- Emma! – olhei para ela – Eu já sei qual foi o rapaz que te magoou… - a minha expressão ficou congelada com tamanha informação – foi o Louis….soube ontem.

- Então se sabes porque é me pediste para vir hoje? Porque é que não fomos embora logo? – fui invadida por uma fúria repentina que fez com que elevasse o tom de voz

- Porque precisas de falar com ele para enterrares de vez o passado – a minha irmã falava calmamente o que me irritava ainda mais – se não o fizeres nunca mais vais conseguir seguir em frente.

- Tu não sabes do que falas…tu não sabes o que sinto!

Só de pensar em ter uma conversa com ele dava-me arrepios. Não conseguia olha-lo nos olhos sem dizer tudo o que o meu coração continha. Sem dizer que preciso dele mais do que tudo na minha vida e que ele é e será sempre o único rapaz capaz de pôr o meu pequeno mundo às avessas. E que principalmente, tinha uma necessidade extrema de voltar a sentir a pele dele contra a minha.

- Pois não, realmente não sei o que sentes. Mas tenho uma certeza. Precisas de ter uma conversa com Louis, nem que seja de um minuto, mas precisas para voltar a seres o que eras.

- Eu não preciso de conversa nenhuma. Vou-me embora é daqui… - queria ir-me embora o mais depressa possível antes que me descontrolasse.

- Não! – Anne agarrou no meu braço com força – eu sei que não tenho o direito de te pedir isto e que provavelmente, possa estar a cometer o maior erro da minha vida, mas tens que pelo menos ouvir a versão dele.

- Mas qual versão? A versão típica dos rapazes que deita a culpa para cima dos raparigas dizendo que foi ela que o beijou e que ele só pensava em mim nesse momento! Por favor Anne!

- Tu estás a julga-lo por algo que ele nem sequer disse. Não lhe deste oportunidade de se explicar por isso ele pode ter, realmente, uma boa explicação. Sei que não desculpa, mas pode atenuar essa raiva que tens dentro de ti…anda lá Emma! Tu não és essa rapariga triste e resmungona, tens muita vida aí dentro de ti…

- Aí é que te enganas…a rapariga que queres voltar a ver já não existe nem nunca vai existir. Não passará apenas de recordações felizes do passado. Agora, no presente e no futuro, serei sempre assim, como vez agora.

- Emma…

- Esquece Anne! Vou-me embora! Se quiseres ficar, fica, agora eu não continuo aqui nem mais um segundo.

- Vais cometer um grande erro mana…

- Deixa-me cometer! Nunca irei saber se não o fizer…

- Vais-te arrepender!

Assim que me preparava para sair, parecia que o pavilhão ia abaixo. Uma apoteose de aplausos e de gritos invadiu todos os recantos do pavilhão e dos meus ouvidos. Virei costas e vi-os sair do palco. Vinham ofegantes, pareciam bastantes cansados. Continuei o meu caminho para fora do pavilhão apanhando a minha mala pelo caminho. Ouvi uns passos apressados atrás de mim mas não abrandei até essa pessoa agarrou a minha mão.

Uma descarga de adrenalina foi depositada no meu pequeno corpo frágil. Não precisava de ter olhos atrás na cabeça para saber quem é que se tratava. Aquelas mãos grandes eram reconhecíveis em qualquer parte do mundo. As minhas pequenas mãos desapareceram nas dele. Os dedos dele encaixaram-se de imediato na perfeição nos meus. Podia jurar que conseguia ouvir o coração dele bater ao mesmo ritmo descontrolado do meu.

Ele exerceu uma ligeira pressão sobre o meu corpo fazendo-me rodar sobre mim mesma ficando frente a frente com ele. Nunca tinha estado tão perto dele como agora. O meu coração queira saltar do peito, as minhas pernas tremiam que nem varas verdes, a minha respiração tinha-se tornado descontrolada. Tentei não me perder nos olhos dele mas acabei por não conseguir desviar a minha atenção dos lábios dele. Aquela situação estava a tornar-se insustentável. Começava a sentir falta de ar e a sufocar. Baixei a cabeça. Mas não por muito tempo. Ele fez-me voltar a olhar para ele colocando a mão por debaixo do meu queixo elevando a cabeça. Sentia-me completamente desprotegida e sem saída.

- Desculpa… - os lábios dele proferiram aquela palavra. Não sabia o que dizer, só queria ir embora para não revelar mais os meus sentimentos.

- Era só isso? – respondi rispidamente – Pronto. Eu desculpo-te! Segues a tua vida que eu sigo a minha boa?

- Mas…

- Eu não te guardo magoa nem nada do género. Só quero poder seguir em frente por isso, se não te importas, largavas a minha mão e deixavas-me ir. Agradecia imenso!

Os dedos dele deixaram de fazer pressão sobre os meus e um vazio voltou-se a instalar. Tinha que me ir embora e foi isso que fiz. Fiz sinal á minha irmã e ela veio a correr ter comigo e fomos embora sem dizer mais nenhuma palavra. Anne não me disse nada durante todo o caminho até ao carro. Entramos e rapidamente iniciei a marcha em direcção a casa. Estava com a cabeça completamente alheada da estrada e quando prestei a devida atenção tinha um carro no meio do caminho. Carreguei no travão com toda a força que tinha, o barulho dos pneus a guinchar fez-se ouvir.



1 comentário:

Anónimo disse...

Eu ia tentar se mais original no comentário desta vez, mas já são quase 2 da manhã e não consigo :D Por isso... Está mesmo lindo, a sério, adorei, estou mesmo deserta para ver a continuação! :)
x Vera