sábado, 31 de março de 2012

#Imagine



Olaa! Eu hoje não vou conseguir postar nada porque acabei por descobrir que não vou passar o fim de semana em casa e não levei o pc comigo aonde está os capitulos. Por isso só devo conseguir postar imagines pois estou no pc da minha prima! Peço imensas desculpas mas foi mesmo um imprevisto de última hora.
Espero que gostem deste imagine!

  

Tinhas acabado de ter mais uma discussão com o Zayn. Desde que o conheceras que ele fora sempre bruto contigo e que nunca conseguiste ter uma conversa minimamente civilizada com ele.
- Ok. Já estou farta disto! Qual é que é o teu problema comigo? Que mal te fiz eu? – perguntaste já saturada de tanta discussão e de não o conseguires perceber
- Queres saber qual é o meu problema? Eu digo, o meu problema és tu! – ficaste boquiaberta – Eu amo-te! Eu amo o teu nome; eu amo o jeito que me olhas; eu amo o teu sorriso lindo que me faz sorrir com todo o corpo; eu amo a maneira de como possa estar a ter o pior dia da minha vida e basta ver-te para mudar completamente o meu humor; eu amo a maneira de como ficas chateada, é por isso que discuto contigo. Isto é o meu problema!


sexta-feira, 30 de março de 2012

I need you more than everything



Olaa =) Aqui está a primeira parte desta mini-história. Espero que gostem. Queria pedir 10 comentários e amanhã posto a continuação (se nada acontecer entretanto)!
Espero que gostem =)

(PARTE I)

Depois de meses a fio a tentar convencer a irmã a leva-la ao concerto dos One Direction, Anne, conseguiu obter um “sim” da irmã mais velha. Anne estava radiante com a noticia e não o conseguia esconder ao mesmo tempo que Emma tentava esconder o nervosismo de ter tomado aquela decisão.

- Nem sabes o quanto te amo neste momento Emma! – gritou Anne ao mesmo tempo que saltava para cima da irmã – gosto mesmo muito de ti!

- Tanta graxa, meu Deus! – disse a rir enquanto Anne enchia a cara dela de beijinhos – fogo miúda, acalma essas hormonas.

- Oh. Estou feliz! Tu sabes que eu queria mesmo ir ao concerto e os pais só me deixam ir contigo…por isso és a melhor mana do mundo…

- Eu só aceitei porque senão teria de te ouvir para o resto da vida a reclamar que tinhas perdido a melhor oportunidade da tua vida para os conheceres… - Emma desviou o olhar da irmã – como se eles fossem grande coisa…

- Ainda me vais dizer um dia o porquê dessa raiva toda por aqueles pobres rapazes. Eles não te fizeram mal nenhum, são giros como tudo e cantam ainda melhor…é só qualidades!

- Tu é que sabes!

- E também vamos á sessão de autógrafos do dia anterior não vamos?

- Eu já estou por tudo…vamos ao que quiseres Anne!

Emma subiu as escadas até ao seu quarto e deitou-se em cima da cama tentando não pensar no sarilho que se tinha metido. “Como é que vou conseguir estar na mesma sala que ele, no mesmo espaço? E se ele reparar em mim? E se ele me reconhecer e fazer de conta que nunca me viu na vida…E se ele me despreza? Eu não vou aguentar se isso acontecer…porque é que fui aceitar isto? Porque é que a minha irmã tinha que os idolatrar? Que raio de destino é o meu…Emma colocou a almofada em cima da sua cabeça e deu um berro, abafado pela almofada.  

***

(Dia da sessão de autógrafos)

Anne tinha acordado radiante da vida ao contrário da irmã. Rapidamente se vestiu e preparou-se para o momento tão esperado. Anne parecia uma criança no dia de natal a abrir os presentes, estava demasiado excitada para ficar quieta.

- Fogo Anne! Tem lá calma sim? Ainda tenho que ir buscar as chaves do carro… - respondeu rapidamente quando estava a ser puxada pela irmã para sair de casa – estão no quarto… - informou-a

- Então vai lá! Mexe-me essas pernas!

Assim que chegaram ao local da sessão de autógrafos, a Anne foi de imediato para a fila. Depois de algumas horas á espera, Emma decidiu sentar-se no chão á espera da irmã. Pôs os fones nos ouvidos para não ouvir toda aquela gritaria nem as músicas deles. Mesmo assim, após muito esforço de contenção, não conseguiu evitar olhar para ele. “Não olhes para ele…” imperou a si própria. “Não olhes para ele…não olhes Emma! Ai…aquele sorriso, aquele olhar…Emma pára!” Pôs a mão no seu peito e sentiu o batimento acelerado do seu coração. “Porque é que isto me está a acontecer? Porque é que ele não arranja uma namorada e acaba de uma vez por todas com o meu sofrimento? Desaparece do meu coração…Por favor…

   ***

- Mano, acho que acabei de ter uma visão do paraíso! – disse Harry meio aparvalhado para o Louis, que se encontrava do seu lado esquerdo, dando-lhe uma cotovelada

- Autch! – Louis voltou-se para o amigo – O quê puto?!

- Acabei de ver a rapariga mais linda do mundo… - respondeu pausadamente e com um sorriso aparvalhado formado nos seus lábios  

- Não são todas? – respondeu Louis a rir enquanto autografava mais um CD

Louis desviou brevemente o seu olhar de Harry e dos CD’s que estava a assinar e prendeu-se numa rapariga que estava sentada no chão encostada a uma parede. Ele não lhe conseguia ver a cara porque os cabelos longos castanhos tapavam-lhe o rosto para além das milhares raparigas que se encontravam entre a rapariga e ele. “Tenho a sensação que conheço aquela rapariga…aqueles cabelos…”

- Afinal qual é que é a rapariga? – Perguntou curioso ao Harry

- Ela está quase aqui a chegar. É aquela rapariga de calças de ganga e com uma camisola roxa, tem os cabelos castanhos compridos. Está ao lado de uma de vestido vermelho…

Louis tentou ver a rapariga com aquelas descrições, e depois de alguns segundos a percorrer a sala com o olhar, finalmente a encontrou. O seu olhar percorreu a jovem de dezassete anos e foi então que ouve um clique, “Anne”. O nome da rapariga veio-lhe logo á memória juntamente com um segundo nome “Emma”. Aquele nome, aquela rapariga, fez-lhe despertar algo que já não sentia á muito tempo. “É a Emma, não acredito que a Emma está aqui…”. Levantou-se instintivamente da cadeira á procura da rapariga que estava sentada no chão mas as raparigas eram tantas que o impediam de a ver novamente.

- Fui eu que a vi primeiro ouviste? – reclamou Harry – Sei que ela é bonita mas é para mim… - Louis não ouviu o que ele disse, estava demasiado concentrado em procurar a Emma no meio da multidão – Louis!

- Epah! O que é que foi? – respondeu sentando-se novamente na cadeira continuando a dar autógrafos

- Isso pergunto eu! Que olhar é esse?

- Lembraste de te ter dito no início que andava à procura de uma rapariga que tinha magoado?

- Lembro-me perfeitamente! Ainda tens a foto dela no quarto… - Louis olhou para ele envergonhado – deves pensar que não sabia! Está no meio das tuas coisas…mas passando há acção, onde é que ela está?

- Agora não sei porque já não a vejo mas a irmã dela é a rapariga por quem te encantaste! – Harry olhou para ele não acreditando no que estava a ouvir, tudo aquilo parecia demasiado surreal

- Estás a gozar certo?

- Não, não estou puto. É mesmo ela…elas eram praticamente iguais, tenho a certeza que é a irmã dela - Harry voltou a sorrir, chegando-se para mais perto do Louis

- Não querendo parecer demasiado apressado nem desesperado, mas podias-me dizer qual é o nome dela?

- Anne! E a irmã dela chama-se Emma!

Louis ainda não queria acreditar que tinha acabado de a encontrar. Depois de vários meses á procura dela sem ter qualquer tipo de resposta, desistiu. Achava que não poderia ter uma segunda oportunidade depois do que fizera. Ela merecia alguém bem melhor que ele…pelo menos era o que achava até aquele momento. Tinha de ser um sinal do destino…tinha que encarar a presença dela ali como uma segunda oportunidade mesmo sabendo que ela não quer falar com ele.

- Anne…nunca nenhum nome me soou tão perfeito… - disse Harry divagando para o ar sendo interrompido por um pontapé do Louis – Estou a sonhar, importaste?

- Tenho que fazer alguma coisa…nunca estive tão próximo dela como agora, não posso deixar passar esta oportunidade senão nunca mais volto a vê-la. – a cabeça de Louis trabalhava a toda a velocidade para conseguir engendrar um plano brilhante para conseguir falar com Emma

- E o que pensas fazer?

- Acho que vou pedir aos seguranças para não as deixar sair e depois vou falar com ela, o que achas?

- Eu acho que sim...mas caso isso falhe, vou dar o meu número à Anne, só para prevenir, estás a ver? – Harry piscou-lhe o olho e Louis sorriu  

- Estou a ver estou…o que tu queres sei eu!

Enquanto Anne não chegava, Louis foi falar com um dos seguranças para fazerem com que a Emma esperasse por ele até ao final da sessão. Quando Anne chegou, Harry estava mais nervoso do que habitual, parecia que já nem sabia escrever.

- Sou uma grande fã vossa, gosto muito das vossas músicas e de vocês! – Louis olhava fixamente para Anne. Podia ver nela muitos traços do corpo de Emma. Ela passou da frente do Louis para o Harry – posso dar-te dois beijinhos? – Harry não estava a contar com aquilo por isso ficou envergonhadíssimo

- Ham…claro… - Harry levantou-se e deu-lhe dois beijinhos deixando-a radiante – espero que gostes! – ao mesmo tempo que lhe dava o autografo

- Tenho a certeza que sim! – Anne dirigiu-se para o pé da irmã seguida do olhar de Louis, mas com tanta gente voltou a perder o rasto à Emma

- Já podemos ir embora daqui? – perguntou Emma cansada de estar á espera

- Este foi o melhor dia da minha vida! O Harry deu-me dois beijinhos, foi um querido! Agora o Louis ficou a olhar para mim com uma cara, até me assustei!

“Não! Ele não a pode ter reconhecido…de certeza que ele já não se lembra de mim e muito menos da minha irmã…isto são só filmes da minha cabeça”

- Vamos? – perguntou Emma tentando parar de pensar no Louis

- Sim!

- Desculpem meninas… - um segurança tinha vindo ter com elas – tenho uma informação para vocês. Vão ter que esperar pelo final da sessão para receberem um prémio que acabaram de ganhar…

- A sério?! Que prémio é esse? – perguntou Anne entusiasmada

- Vão ter o privilégio de conhecer os One Direction pessoalmente e falar com eles…

- Está a gozar comigo só pode? Eu nunca ganho nada… - Anne não queria acreditar no que lhe estava acontecer. Emma não conseguia esconder a frustração de não conseguir ir-se embora de vez – que cara é essa Emma? Isto é ainda melhor do que alguma vez sonhei!

- Acredito que sim…

***

“Respira Emma, respira. 1,2,3…ele nem vai reparar em ti. De certeza que já não se lembra que tu alguma vez exististes! Vá, tens que fazer isto pela Anne, ela está radiante e não lhe podes estragar este momento”.

Depois de algumas horas mais á espera, os rapazes finalmente apareceram na sala aonde estavam a Anne e a Emma. Assim que eles entraram, Anne saltou do banco aonde estava sentada e foi ter com eles. Pela primeira vez em mais de dois anos, o olhar de Louis chocou com o de Emma. Um silencio formou-se naquela sala, pelo menos para eles dois, pois Anne falava alegremente. Emma tentou desviar o olhar mas não conseguia, estava presa a ele. Não conseguia parar de desejar que o queria bem junto de si, que o queria beijar mais do que tudo, novamente. Queria voltar a ser o que era, poder sorrir com coração, algo que já não fazia há demasiado tempo.  

Abanou negativamente com a cabeça, não podia voltar a cair no mesmo erro de antes. Não podia voltar a confiar nele…não conseguia. Levantou-se do banco e foi ter com a irmã.
“Ela vem aí, o que digo?! Como é que lhe peço desculpa? Como é que lhe digo que estou arrependido do que fiz e que é um erro que quero remediar? Ela nunca me irá perdoar na vida…!”

- Anne vou indo para o carro… - disse Emma ao ouvido da irmã sem nunca olhar para o Louis. Virou costas em direcção á saída mas Louis interveio  

- Espera Emma… - a voz dele fez despoletar o pequeno e frágil coração de Emma de novo para a vida. As batidas descompassadas invadiram o seu peito, aquele formigueiro na barriga voltara a prenunciar-se e a vontade irracional de o ter junto dela aumentava a cada segundo ficando insuportavelmente forte. Respirou fundo e continuou com as suas passadas largas e rápidas para fora da sala dirigindo-se para dentro do carro deixando Louis pregado ao chão.

- Eu não acredito que foste tu… - gritou Anne despertando a atenção de Louis que se fixara na porta de vidro atravessada pela Emma – Como foste capaz? Como? – os berros de Anne podiam-se ouvir em qualquer lado – Eu vou-te partir essa boca toda! – Anne ia direita á Louis mas Harry pegou nela e não a deixou

- Aqui ninguém vai partir a boca a ninguém. Tem lá calma…

- Calma? Como é que me podes pedir calma? Ah, já sei. Deves ser como ele, está-se mesmo a ver… - Anne esperneava por todos os lados para se conseguir soltar – Larga-me Harry!

- Não te largo enquanto não te acalmares…

- Eu jurei a mim mesma que acabava com o tipo que fez sofrer a minha irmã e é isso que vou fazer! – Louis continuava estático a olhar para Anne. Não sabia o que fazer nem o que dizer – Como é que pudeste trair a Emma? – perguntou Anne á beira das lágrimas – Responde-me Louis, como? – Louis não conseguia falar. O que mais queria era poder voltar atrás no tempo para mudar o que tinha feito, o maior erro da sua vida. – A Emma não voltou a ser a mesma depois do que lhe fizeste. A rapariga alegre, divertida, brincalhona que conhecia desde sempre morreu por tua causa. Eu odeio-te tanto por isso que nem imaginas! Odeio-te! – Aquelas palavras doeram ao Louis como nunca pensara. Era como se lhe tivessem espetado infinitas facas no coração…não sabia o que fazer


quinta-feira, 29 de março de 2012

I need you more than everything



Bem, esta é a minha segunda mini-história. Chama-se "I need you more than everything" e contará com três partes. Espero que gostem... os vossos comentários são sempre importantes!


Emma Watson – Tem dezanove anos, cabelos castanhos-claros lisos e olhos verdes. Está a estudar representação em Londres. Tem uma irmã mais nova dois anos, Anne, e são praticamente gémeas, menos na cor dos olhos. Sofreu um desgosto amoroso há dois anos e a partir daí decidiu mudar tudo na sua vida.

Anne Watson – Tem dezassete anos, cabelos castanhos-claros lisos e olhos azuis. Está ainda no 12º ano. Ao contrário da irmã, adora os One Direction e quer muito conhece-los. Apesar de ser inseparável da irmã e de a conhecer melhor que ninguém, não sabe o porquê da irmã ter mudado tanto.

Sinopse:

Voltei a sentir o mesmo. Voltei a passar por um cartaz gigante dos One Direction e não consegui desviar o olhar dele. Porque é que não o consigo simplesmente esquecer? Que raiva! Como é que é possível enganarmo-nos tanto em relação a uma pessoa que achávamos que fazia tudo por nós mas depois vem-se a revelar uma autêntica desilusão…Era tudo tão mais fácil se não houvesse sofrimento, não me importava de ter um botão off para desligar. De certeza que agora o usava. O amor faz-nos ficar tão cegos de paixão que não vemos o que realmente essa pessoa vale. É preferível acabarem de vez com esse sentimento para não sofrermos desnecessariamente, para sermos mais racionais e não tão emotivos. Mas mesmo assim, o pior de tudo não é ficarmos magoados, mas sim não conseguirmos tira-lo da nossa cabeça, do coração. Como é que ainda é possível que o coração bata mais rápido sempre que o vejo, ou que ainda sinta aquele formigueiro na barriga? Como é que a tua voz continua a ser a única que me acalma á noite? Porque não te consigo esquecer? Porque é que a minha vida deixou de fazer sentido desde que tu deixaste de fazer parte dela? Depois de mais de dois anos continuo a sofrer, não porque aquilo que me fizeste, mas porque preciso de ti mais do que tudo!
Emma Watson – 23/02/2012

quarta-feira, 28 de março de 2012

Capitulo 36




(Filipa)

Acordei com uma sensação esquisita, com um aperto enorme no coração. Estava angustiada, parecia que alguma coisa não ia correr bem. O meu coração batia descompassadamente, nunca tinha batido daquela maneira, parecia que ia sufocar a qualquer momento. Tentei controlar a minha respiração que também estava bastante descontrolada e acalmar os batimentos cardíacos.

Assim que me acalmei, virei-me para o outro lado da cama e espreitei para baixo para ver se encontrava o Zayn mas não estava lá ninguém. A cama aonde ele tinha dormido já estava encaixada na minha. Achei aquilo muito estranho, fiquei a pensar se ele me tinha dito alguma coisa na noite anterior mas nada aparecia na minha memória. Novamente apareceram os batimentos mais acelerados do coração. Alguma coisa não estava bem.

Levantei-me lentamente da cama pois ainda estava um pouco fraca. Parecia que o chão ia fugir dos meus pés. Esperei alguns segundos sentada em cima da cama e só depois é que me levantei. Abri a porta do meu quarto e não havia sinais de vida. Desci até ao piso de baixo para ver o que se passava, tanto silencio matinal era de estranhar. Percorri a sala e de seguida dirigi-me á cozinha mas não havia sinais de ninguém. Fui até ao jardim, um silencio monumental estava instalado naquela casa. Não havia o habitual cantar dos pássaros naquele jardim, nem o barulho tão característico da brisa matinal de Londres. Havia apenas um grande vazio. A minha própria respiração fazia eco tamanho era a ausência de ruído.

Voltei a fazer o caminho inverso e subi de novo ao piso de cima, tinha de encontrar alguém naquela casa. Bati em primeiro lugar à porta do quarto da Matilde mas ninguém respondeu. Bati novamente e voltei a receber nenhuma resposta. Cansei de bater, e decidi abrir a porta. O máximo que podia encontrar era alguma cena mais indecente por parte do Liam e da Matilde. Mas como já estava a ficar meia atordoada com aquilo tudo nem me importei. Abri a porta bastante devagar para não fazer barulho, caso eles estivessem barulho. A porta abriu-se e apenas encontrei o vazio instalado no quarto.

Já estava a ser demais. Mas onde é que estava toda a gente! Fechei a porta atrás de mim e percorri os restantes quartos. A resposta era a mesma. Estava tudo vazio. Um medo irracional instalou-se no meu corpo. Comecei a transpirar como nunca, a minha visão estava cada vez mais enevoada. A sensação de que algo não estava bem aumentava a cada segundo. O sorriso do Zayn apareceu na minha mente, tão perfeito como sempre. Seguido de uma angústia aterradora. Não lhe podia ter acontecido nada. Não antes de lhe dizer tudo o que queria, não antes de o beijar.  

Lembrei-me vagarosamente do dia da morte da minha avó. Não me lembrava ao certo do que tinha acontecido mas lembrava-me na perfeição do que tinha sentido. Daquele desespero por notícias, daquela ansia que matava por dentro. Uma lágrima correu pelo meu rosto lentamente. Não queria acreditar que estava a ter a mesma sensação que no dia da morte da minha avó.  

Desci aquelas escadas novamente mas desta vez mais num passo mais apressado. Quase que me ia espetando contra um dos sofás tamanha era a rapidez. Peguei no meu telemóvel e telefonei ao Zayn. Esperei e esperei mas ele não atendia. Voltei a ligar mas não havia maneira de ele atender. Telefonei à Carla, que era a primeira das raparigas que me apareceu nos contactos. Como das outras vezes, ela também não atendeu.

Aquela situação já estava a ficar desesperante. Olhei para o relógio e este marcava meio-dia e quarenta minutos. Já era tão tarde e nem me tinha apercebido. Foi então que avistei um papel branco em cima do aparador que estava posicionado debaixo do relógio. Corri até ele e li-o

Amor, fomos todos para casa dos rapazes. Não quisemos acordar-te porque estavas lindamente a dormir…esperamos-te para almoçar!
Beijinhos
Jo, Carla, Matie, Vera

Um enorme peso saiu de cima de mim, parecia uma pena ao sabor do vento. Afinal estava a fazer uns filmes de todo o tamanho por nada. Fui até á cozinha comer qualquer coisa e depois voltei para o quarto para me vestir. O tempo demorado entre a cozinha e o quarto foi bastante. Quando voltei para a sala, já vestida, o relógio já marcava as treze horas e trinta minutos.

Pus-me a caminho rapidamente da casa dos rapazes. Já estava a ver a cara do Niall a reclamar que queria comer. Não consegui controlar o riso dessa mesma imagem. Apressei o passo para chegar o mais depressa possível. Assim que cheguei, toquei à campainha. Passados alguns segundos aparece-me á frente o Niall.

Niall – Estava a ver que não rapariga! Estava a ver que tinha que te ir buscar para poder comer… - reclamava

Filipa – Em vez de estar a reclamar comigo, podias deixar-me entrar… - ele estava a tapar o caminho da porta e assim não podia entrar

Niall – Nem reparei…é da fome! Entra! – assim que entrei reparei que estavam todos sentados á minha espera. O meu olhar percorreu-os a todos e quando cheguei ao fim, congelei por completo. O Zayn não se encontrava naquela sala. O medo irracional voltou a atacar o meu coração.

Filipa – O Zayn? – perguntei amedrontada com a resposta que pudesse surgir.

Liam – Ele disse que não podia vir almoçar…tinhas uns assuntos a tratar! – respondeu-me calmamente. Aquela angustia não passava, o chão parecia que me ia fugir a qualquer momento.

Filipa – Eu preciso de falar com ele… - as lágrimas começaram a cair metodicamente pela minha face – preciso de o ver… - revelei entre soluços provocados pelas lágrimas. Deixei-me cair no chão, as forças era praticamente nulas. Picadas fortes abalavam o meu coração e um sofrimento atroz tinha-se formado. Os azulejos frios da sala queimavam a minha pele mesmo com a roupa vestida. O meu corpo ia gelando devido á diferença entre a temperatura ambiente e o chão. As raparigas vieram ao meu encalço quando me viram cair no chão. Demasiadas perguntas fizeram-se ouvir naquela sala, mas eu não conseguia ouvir nenhuma. Só de pensar que alguma coisa pudesse acontecer ao Zayn matava-me por completo.

Havia ainda tanta coisa por dizer e por fazer. Não podia acabar desta maneira, não assim! Não sem lhe dizer o quanto ele era importante para mim. Fechei os olhos e desejei com todas as minhas forças estar a viver um pesadelo. Pedi a Deus que me fizesse acordar e que tudo não passasse de sonho mau. A Carla estava a minha frente, apesar de estar com a vista turva por causa da grossa camada de água que se tinha formado na vista, conseguia distingui-la.

Filipa – Estou a sentir o mesmo quando a minha avó morreu…

Senti o meu corpo a ser coberto de abraços e ouvi palavras reconfortantes ao meu ouvido. Mas nenhuma daquelas acções faziam algum sentido se não tivesse alguma notícia do Zayn. Havia uma grande correria á minha volta, não sabia o que estavam a fazer. Tentei levantar-me mas não consegui, elas não me estavam a deixar.

Louis – Ele não atende nenhum de nós… - ouvi-o dizer. Tudo estava a acontecer, tudo o que não queria, o meu pior pesadelo tinha-se tornado realidade.

Liam – Não vamos entrar em já em stress…ainda não sabemos o que aconteceu! Pode estar tudo bem… Não vale a pensa sofrer por antecipação!

Filipa – Deixem-me levantar… - pedi – tenho que ir á procura dele…

Matie – Mas tu estás louca? Nem penses…vamos é ficar aqui á espera que ele chegue isso sim!

Filipa – Não!

Vera – Tu neste momento não mandas nada. Tens que te acalmar primeiro…

Elas não compreendiam. Não podia passar por um novo processo de perda novamente. Não iria aguentar todo esse sofrimento uma segunda vez num espaço de apenas um ano. Não iria suportar.

Filipa – Quero-me levantar agora! – disse desta vez mais alto e com mais convicção. Vi-as afastarem-se de mim um pouco. Levantei-me devagar, sentia o corpo a cambalear mas consegui pôr-me de pé. Dirigi-me até á porta mas fui travada pela Joana – Eu tenho que o ir procurar…não aguento ficar aqui sem saber o que aconteceu. Não me podem pedir para ficar pois não consigo!

Ela não me travou, nem mais ninguém naquela sala. Abri a porta de saída e dirigi-me para o vazio. Não sabia por onde começar. Depois de alguns minutos indecisa, decidi começar por cima. Ia num passo apressado, observando todos os pormenores, todas as pessoas. Ao mesmo tempo que telefonava insistentemente para ele. Não havia maneira de ouvir a voz dele do outro lado do telemóvel. Não havia maneira de sair daquele pesadelo.

As ruas, com passar do tempo, pareciam-me todas iguais. Não fazia ideia de onde me encontrava. Olhava desesperadamente para todos os lados e até me passou pela cabeça começar a gritar no meio da rua se alguém tinha visto o Zayn. Acabei por não ir por essa via, pois estaria a criar um grande problema se toda a gente soubesse que não se sabia dele.

O barulho do meu estomago fez-se ouvir bastante bem. Só tinha comido uma peça de fruta antes de sair de casa e como já era hora de almoço, o meu corpo começava a manifestar-se. Não liguei e continuei a minha busca. O meu coração precisava desesperadamente de uma notícia dele, tinha que o encontrar.

Finalmente comecei a ver outras coisas se não casas, havia um jardim enorme mesmo á minha frente. Haviam crianças a gritar por todo o lado, imensas famílias sentadas na relva verdejante. Fui em direcção a um caminho de terra que percorria todo o jardim de uma ponta a outra e procurei-o.

Um pouco mais á frente encontrei um grupo de raparigas amontoadas. A primeira coisa em que pensei foi que era o Zayn. Muitas raparigas juntas é sinónimo de um possível membro dos one direction por perto. A primeira reação foi correr e foi isso que fiz. Assim que vi o grupo de raparigas a afastar-se, o meu coração partiu-se em mil bocados.

As lágrimas encheram toda a minha face. Não conseguia acreditar no que estava a ver. Esfreguei os olhos numa tentativa de inebriar a visão mas nada mudou. Se eu achava que estava no pesadelo, agora achava que estava no inferno. Não podia estar a ver o rapaz por quem estava apaixonada a beijar outra rapariga. Ele estava a sorrir…a sorrir. E não era para mim. Estava bastante feliz, deu-lhe a mão e seguiram caminho.

Fiquei estática, congelada. Os meus pés não se mexiam da terra batida do caminho aonde me encontrava. Aquela dor era muito pior do que imaginava. Ele tinha-me enganado. Ele não gostava de mim. Ele não me queria. Eu não fazia parte da vida dele nunca mais, se é que alguma vez fiz. Estava explicado o porquê de ele não me atender as chamadas. Afinal, não passei de mais uma! Como é que pude confiar nele? Como? Como é que me deixar levar pelas conversas dele? Porque é que alguma vez pensei que pudesse ter alguma coisa com ele? Afinal, era o Zayn Malik!

O meu telemóvel começou a tremer no bolso esquerdo das minhas calças. Nem fui ver quem era. Virei-me ao contrário e dei um passo em frente, depois outro. Lentamente fui me afastando daquele lugar. O meu coração derramava sangue, a dor era demasiado grande para ser descrita. Era demasiado forte para ser suportada. Era demasiado real para ver verdade.

Tentei arranjar mil e uma desculpas para o que ele me tinha feito mas nenhuma me pareceu apaziguadora o suficiente para me fazer parar de chorar. Sem dar por mim e por onde andava, encontrei-me perdida em Londres. Eu não conseguia mais segurar as lágrimas e deixei o meu corpo rodar na direcção de uma parede. Pousei as mãos na parede, apoiei a minha cabeça na parede e entreguei-me ao sofrimento. O silêncio foi envolvido pelo meu soluçar quase inaudível. Fechei os olhos.

***

Zayn – Filipa!

O meu coração parou naquele momento, se eu não soubesse o momento que estava a viver iria jurar que era a voz de Zayn. Abri os olhos e vi que estava no quarto. Virei-me na direcção da porta do quarto e vi o Zayn na minha frente. Os seus cabelos pretos, os olhos brilhantes e bem despertos e o seu típico sorriso, tão perfeito e para o qual não havia palavra que o melhor o descrevesse do que delicioso.

Abri os olhos intermitentemente e nada, aquela figura esbelta na minha frente, a figura de Zayn não desaparecia. O ar começou a faltar-me e eu tive de respirar pela boca pesadas lufadas de ar para conseguir acalmar. Uma raiva astronómica invadiu todo o meu corpo, levantei-me e inconscientemente a minha mão viajou directamente para a cara dele, com todas as forças que tinha.

Ele não contava com a minha reação e caiu redondamente no chão dado estar completamente desprevenido. Inclinei-me e vi que a cama aonde supostamente devia ter dormido estava aberta. Tudo aquilo soou-me demasiadamente estranho. Como é que tinha chegado ao meu quarto? Como é que tinha vestido o pijama! Como é que o Zayn estava á minha frente!

Zayn – Porque é que me bateste? O que é que eu fiz?

A cara dele era de confusão e a minha também. Haviam demasiadas perguntas a pairar na minha mente.

Filipa – Que dia é hoje? – ao mesmo tempo que me levantava

Zayn – Tu bates-me, e depois queres saber que dia é hoje? – disse ainda com uma mão na face em que lhe tinha batido – sei lá que dia é hoje!

Filipa – Foi esta noite que ficamos presos lá fora e depois tentamos entrar pela janela mas apareceram os policias, foi não foi?

Zayn – Sim foi! Tu não estás bem!

Aquilo não passara de um Aquilo não passara de um maldito pesadelo. As minhas pernas perderam a força e eu tive de me apoiar com uma mão na parede para não cair. Por entre lágrimas sorri e recompus-me lentamente, pronta para me jogar nos braços dele. Zayn continuava a olhar para mim, confuso. Fui até ele e sentei-me ao lado dele.

Filipa – Desculpa Zayn! Desculpa… – disse antes do meu choro se intensificar e eu o abafar, enterrando a minha cabeça no pescoço dele.

Zayn – O que se passa contigo? Estás a tremer? – ele abraçou-me ainda mais mesmo ainda não percebendo nada do que se estava a passar
  
Filipa – Tive um pesadelo… - disse depois de o largar e de o encarar. Ele limpou-me as lágrimas delicadamente com os dedos dele a passarem pela minha face.

Zayn – Pronto…já passou! Estou aqui…

Filipa – Sonhei que estavas com outra rapariga…que já não gostavas mais de mim!  Que tudo o que tinhas dito ontem sobre esperares por mim não passasse de uma mentira… – acabei por dizer. Ele voltou a unir os nossos corpos com um abraço.

Zayn – O meu coração pertence-te exclusivamente… - sussurrou-me ao ouvido – tudo isso não passou de um pesadelo…nunca te vou deixar

Filipa – Desculpa pelo estalo…estava tão fora de mim que nem pensei direito. Foi um impulso… - disse-o olhando-o nos olhos

Zayn – Não precisas de pedir desculpa…acho que doeu mais a queda do que o estalo… - sorriu como só ele sabe fazer

Filipa – Promete-me que nunca me trairás…promete-me que não me farás passar por aquilo que passei!

Zayn – Prometo que no que depender de mim nunca te farei sofrer, nunca!

Dei-lhe um beijo na face que lhe tinha batido e levantei-me ajudando-o a fazer o mesmo. Olhei para a cara dele e reparei que ele tinha ficado com a marca da minha mão.

Filipa – Acho que vais ficar com uma marca minha durante alguns minutos…

Zayn – É sinal que gosto mesmo de ti…

Saímos do quarto e fomos para a cozinha. Já lá estavam todos quando chegamos e parecia que já sabiam da nossa pequena aventura da noite anterior.


Espero que tenham gostado!
Mais uma vez obrigada pelos comentários, são eles que me fazem continuar a escrever!

Liis