quarta-feira, 7 de março de 2012

Capitulo 30





(Harry)

Abri a porta do quarto da Vera com o coração nas mãos. Tinha a cabeça feita em água sem saber o que fazer ou o que dizer. A porta fez um pouco de barulho, olhei em frente mas não havia sinais da cama, apenas de um cadeirão preto denotando na sua cor um pouco mais pálida, as pessoas que todos os dias passavam por aquele quarto e se sentavam à espera que rapidamente os seus entes queridos saíssem de lá.

Entrei de vez dentro do quarto e fechei a porta atrás de mim sem fazer muito barulho. Do meu lado esquerdo, encontrava finalmente a rapariga que tinha entrado na minha vida de uma forma tão repentina que parecia que andava ainda meio zonzo. Fiquei alguns segundos a contempla-la, ela estava com os olhos fechados. Devia estar bastante cansada. Cheguei-me para mais junto dela e pude ver melhor a sua expressão facial. Por muito que parecesse que estivesse tranquila, doía demasiado ver a minha namorada de há cerca de cinco horas a esta parte, deitada numa cama de hospital.

Aquele ambiente branco em demasia, ou aquele cheiro tão característico do hospital fazia-me pensar em que é que tinha errado para merecer tal coisa. Porque é que me tinham posto literalmente entre a espada e a parede. As palavras do pai dela viajavam freneticamente pela minha mente á procura de respostas, de soluções.

Como já estava um bocado cansado com tudo aquilo decidi mudar um pouco as coisas de sítio naquele quarto. Peguei no cadeirão com cuidado para não desmanchar nada e arrastei-o para o lado da cama. Ainda pensei porque é que não tinham nada ao lado da cama mas depressa arranjei algo para me sentar.   

Tomei atenção às máquinas a que Vera estava ligada para ter cuidado para não mexer em nada. Reparei que havia um botão, ou melhor, uma campainha de emergência. É para ser usada caso alguma coisa não esteja dentro da normalidade, embora não saiba muito bem qual seja essa normalidade.

Depois de alguns minutos a descobrir e a tentar perceber os mistérios da medicina, concentrei-me apenas na Vera. Nunca me tinha sentido tão impotente em toda a vida, não conseguir fazer nada para a tirar daquele lugar matava-me aos poucos. Após alguns minutos finalmente ganhei coragem para lhe tocar. Não conseguia perceber o porquê daquele medo, daquela estranheza que invadia o meu corpo.

A minha mão foi ao encontro da dela que estava desprotegida do lençol branco que cobria o resto do corpo. O meu corpo reagiu de imediato quando a minha pele tocou na dela de uma forma inexplicável. Só tinha a certeza de uma coisa, ela tinha posto a minha vida de pernas para o ar.

Ela continuava a dormir muito tranquila e não dava sinais de estar a sentir nada. Devia ter o sono mesmo muito pesado porque a mãe dela tinha saído a relativamente pouco tempo. Continuei a fazer algumas carícias agora pela face ao mesmo tempo que afastava uma mecha de cabelo que tinha ido para a frente dos olhos. As dúvida iam aumentado a cada segundo que passava e um aperto no coração começou a manifestar-se com o aproximar do fim do tempo para a minha decisão. Não conseguia decidir. Por um lado não queria que ela se fosse embora, precisava de estar ao pé dela, de a sentir, de ouvir aquela voz que ecoava deliciosamente nos meus ouvidos, do seu cheiro tão característico e que podia reconhecer em qualquer lado. Tudo isto parece-me uma loucura, mas é a mais pura das verdades. Por outro, ser o causador de separar uma família não está propriamente inserida nas coisas que gostaria de fazer. A família é um nem precioso que temos e não lhe queria tirar isso por muito que não concordasse com algumas coisas.

Num acto repentino de desespero, elevei as mãos á cabeça enfiando os dedos nos meus inúmeros caracóis. Suspirei violentamente tentando tirar toda aquela angústia para fora.

Vera – Harry? – assim que ouvi aquela voz tão característica um sorriso enorme formou-se nos meus lábios. Um calor estranho envolveu o meu coração – estás bem? – retirei as minhas mãos da cabeça e depressa agarrei a sua mão

Harry – Sim sim…desculpa se te acordei – respondi com o coração a mil – Não era a minha intenção… - tentei desculpar-me

Vera – Não faz mal Harry! Tem calma… - o sorriso dela era contagiante, transmitia-me uma paz enorme

Harry – Como é que estás amor? – perguntei ao mesmo tempo que passava os meus dedos pelos seus longos cabelos castanhos. Perdia-me em pensamentos sempre que fitava aqueles olhos lindos.

Vera – Estou bem. Ou melhor, agora estou muito bem mesmo com a companhia! – estava radiante. Por momentos esqueci-me do local aonde estávamos e os problemas que estavam a atormentar a minha pobre cabeça

Harry – Claro que sim…a minha companhia é sempre boa! – consegui tirar-lhe um enorme sorriso  – agora fora de brincadeiras, estás mesmo bem? Sentes alguma dor ou algo parecido?

Vera – Estou a falar a sério, não me dói nada. Só estou um bocado cansada, foi por isso que me encontraste a dormir. Para além de ainda estar á espera do meu jantar…

Harry – Ainda não comeste?

Vera – Não. A enfermeira esteve aqui e disse que já me traz a comida embora não tenha muita fome…

Harry – Tens que te obrigar a comer senão tens que ficar aqui nesta cama mais tempo…tens que te alimentar em condições! – estava logicamente preocupado com ela. Ela tinha que comer para conseguir ter forças para amanhã poder ter alta. Aqueles minutos sem me lembrar dos problemas souberam-me a pouco pois rapidamente me lembrei deles.

Vera – Agora parecias a minha mãe! – tentei não mostrar a minha angustia interior para não a preocupar e por ainda não saber o que fazer. Naquele momento só queria aproveitar o tempo para estar com ela – até tens os caracóis da minha mãe!

Harry – É mas os meus caracóis são mais bonitos… - respondi e de seguida fiz um movimento com a cabeça colocando todos os caracóis no sitio, o que lhe provocou o riso

Vera – Ai amor, essa aragem matou-me! Mas mesmo assim podes voltar a fazer, ficas sexy!   

Harry – Ahah! Só mesmo tu… - levantei-me do cadeirão preto e inclinei o meu corpo sobre o dela sem lhe tocar para não a magoar. Juntei os meus lábios aos dela, algo que tanto desejava e que foi inteiramente correspondido. Uma das suas mãos viajou até aos meus cabelos, acariciando-os carinhosamente. Quebramos o beijo com repenicados e com um enorme sorriso nos lábios – Amo-te! – disse-o praticamente sem pensar, foi automático. Era o que sentia naquele momento.

Vera – Eu também te amo! – dito por ela ainda parecia mais maravilhoso. Estava a viver um autêntico sonho. Voltamos a unir os lábios mas desta vez fomos interrompidos por alguém a bater á porta – Entre… - uma enfermeira entrou dentro do quarto com um carrinho e em cima dele um tabuleiro com comida. Voltei a sentar-me no cadeirão.

Enfermeira – Pronta para comer menina Vera? – perguntou mas Vera não estava lá muito contente por comer

Vera – Se tiver que ser….

Harry – Tem mesmo que ser amor. Se não comeres ficas ainda mais fraca e depois não podes sair daqui… - reparei que a enfermeira ficou a olhar para o lugar aonde devia estar o cadeirão e depois olhou em volta. Quando viu que o tinha mudado sorriu.

Enfermeira – Já vi que o senhor andou a fazer aqui umas mudançazinhas no quarto!

Harry – Como estava um pouco cansado decidi trazer o cadeirão para aqui. Quando sair, prometo voltar a por tudo no sítio.

Enfermeira – É bom que o ponha no lugar. Bem menina Vera, quando acabar o jantar basta tocar á campainha que eu venho buscar o tabuleiro pode ser?

Vera – Claro que sim.

A enfermeira acabou por sair do quarto por isso levantei-me e fui buscar o tabuleiro com a refeição para a Vera. Ela levantou-se e encostou-se na cabeceira da cama para eu poder colocar o tabuleiro nas suas pernas. Quando viu a comida fez uma cara feia bastante engraçada.

Vera – Eu não quero comer isto! – ao mesmo tempo que fazia afastava o prato – como querem que eu fique melhor com esta mixórdia?

Harry – Não digas isso, até tem bom aspeto! – realmente aquela comida não tinha lá grande aspecto mas não lho podia dizer senão é que não comia mesmo

Vera – Pois claro. Não és tu que comes, sou eu! – ela pegou no garfo e mexeu naquilo fazendo cara feia fazendo-me rir – não te rias da desgraça alheia! É muito feio…

Harry – Oh amor, fizeste uma cara bastante engraçada que não me consegui controlar.

Vera – Eu não gosto disto Harry. Não gosto desta coisa verde que nem sei o nome…

Harry – São brócolos…

Vera – Não gosto disso. Também não gosto de peixe cozido ou seja o que for isto…só gosto do arroz.

Harry – Não podes passar só com arroz, Vera.

Vera – Podias ser um amor e ias-me buscar uma sandes para eu comer… - ela fez um olhar quase irrecusável mas não podia ceder. Ela tinha que comer o que tinha no prato.

Harry – Tu sabes que eu não te resisto mas neste caso não o posso fazer. Tens de comer tudinho…

Vera – Oh, não gosto mais de ti! – ela tentou fazer cara séria mas não aguentou muito tempo – se tem que ser, vamos a isto. Quando mais depressa melhor…

Harry – Assim é que se fala… - ela pegou no garfo e pôs um bocado de comida levando-a á boca. A cara que fez quando pôs na boca foi demasiado engraçada para me conseguir controlar, parecia que estava intragável.

Vera – Isto não tem sal nenhum e sabe muito mal mesmo.

Harry – Isso é psicológico. Fecha os olhos e engole logo, nem sentes o sabor.

Vera – Opah. Eu vou ficar ainda mais doente com isto…come tu Harry!

Harry – Não sou eu que estou numa cama de hospital mas sim tu…

Vera – A vida é mesmo injusta!

Depois de mais alguns entraves criados pela Vera para não comer lá consegui convence-la a comer tudo. Foi um autêntico sacrilégio vê-la comer, não estava a gostar mesmo do que comia. Quando acabou bebeu dois copos de água e um pão. Assim que terminou ela tocou á campainha e eu fui pôr o tabuleiro no carrinho. A enfermeira não demorou muito tempo a chegar e levou tudo. A Vera voltou-se a deitar na cama e pôs-se de lado para me ver melhor.

Vera – Sabes uma coisa, és lindo…

Harry – Não tanto como tu…

Vera – Por amor á santa, eu devo estar com uma cara de meter medo ao susto!

Harry – Não estás nada…és linda em qualquer situação.

Vera – Não sabia que agora também eras mentiroso…

Harry – Realista! Sou realista…

Vera – Pronto. Ganhaste! Olha, tenho mais uma coisa para te dizer muito importante!

Harry – Diz…

Vera – É sobre o meu pai! – quando ela disse aquilo nem queria acreditar. Andava a fugir do assunto do pai dela pois ainda não tinha decidido nada – Estou bastante contente com ele… - ela estava mesmo radiante a falar do pai, nem parecia da mesma forma quando me contou sobre o casamento – eu pensava que ele vinha para discutir ou assim mas não. Quando lhe contei que namorávamos ele não fez nenhum escândalo, embora também não tenha feito uma festa. Mas disse que ia reconsiderar, e isso é excelente!

Devia estar com uma cara de parvo a olhar para ela. Como é que o pai dela teve a coragem de fazer parecer que estava tudo bem enquanto que na realidade estava mal. A conversa que teve comigo não mostrou qualquer tentativa de considerar seja o que for. Como é que agora podia dizer-lhe seja o que for sabendo que iria estragar esta nova imagem do pai? Ela estava tão radiante, não conseguia acabar com a alegria dela, era desumano demais.

Vera – Acho que grandes hipóteses de ele nos deixar em paz e deixar-me ficar aqui! Não é ótimo amor? – Digo, não digo, digo, não digo, digo, não digo…a minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento – estás a ouvir-me Harry?

Harry – Sim, perfeitamente!

Vera – Ele disse que ia falar contigo, já o fez?

Olhei para ela. Não conseguia tomar a decisão de uma vida em espaço de segundos. Tinha o coração demasiado apertado e batia freneticamente, parecia que ia saltar do peito. Baixei o olhar e tentei pensar nalguma coisa rapidamente para desviar aquele assunto. Definitivamente não estava preparado para aquilo.

Vera – Ok, pela tua cara já vi que não correu muito bem… - olhei de novo para ela e a expressão facial tinha mudado drasticamente

Harry – Não não! Ele ainda não veio falar comigo…

Vera – A sério? Que estranho, ele disse que ia falar contigo!

Harry – Pois mas não veio. Se calhar andou á minha procura quando fui buscar o jantar para nós, deve ter sido isso…Quando lá cheguei á sala vim logo para aqui e nem nos cruzamos.

Vera – Oh, deve ter sido isso então! – reparei que ela já mal conseguia manter os olhos abertos, devias estar bastante cansada.

Harry – Não achas que é melhor descansares? Dorme um pouco…

Vera – Se calhar é melhor, já não consigo segurar as pálpebras durante muito mais tempo!

Harry – Eu tenho sempre razão amor! Queres um beijo antes de adormeceres?

Vera – Queria era muitos e não só um mas pelos visto tenho um namorado forreta e não sabia…

Harry – Está descansada que eu nunca me canso de te beijar, dou-te todos os que quiseres!

Vera – Ainda bem…

Depois de muitos beijos, ela fechou os olhos e adormeceu rapidamente. Estava realmente cansada e não era só ela. Eu também estava exausto. Coloquei a minha cabeça em cima da cama no intuito de apenas descansar um pouco a vista mas também fui absorvido pelo sono e acabei por adormecer de mãos dadas com ela.


***

 - Harry! – ouvia bem lá no fundo alguém a chamar-me mas não liguei – Harry acorda! – aquela voz parecia cada vez mais perto e mais incomodativa com o passar do tempo – Harry! – finalmente despertei. Olhei em meu redor ainda meio espavorido por causa da maneira que me tinha acordado. Tinha adormecido agarrado á Vera e nem tinha percebido – Harry! – aquela voz era mesmo desagradável. Olhei para o meu lado esquerdo e a última pessoa que esperava ver ali apareceu.

Harry – Miguel? – disse ao mesmo tempo que esfregava os olhos para ficar bem desperto. Se não fosse a Vera a remexer-se na cama nem me tinha apercebido que tinha falado um pouco alto demais – o que queres?

Miguel – Para além de queres ver a minha noiva, nada mais! – só me faltava aquele para me moer o juízo. Era mesmo a cereja no topo do bolo não haja dúvida. Não estava mesmo com paciência para discutir com ele.

Harry – Olha, não estou com disposição para discutir contigo pode ser? Por isso se não te importares muito, sai do quarto… 

Miguel – Para quem não está com disposição para discutir estás bem encaminhado! Como sou eu que não me discutir não vou responder sequer ao que me pediste para fazer – não estava a gostar nada daquilo, já me estava a começar a irritar aquele tom de voz – Vim aqui porque preciso de falar contigo!

Harry – Não sei que assunto é que temos para falar…

Miguel – Olha embora eu não queira que tivéssemos, temos algo em comum, a Vera! É dela que preciso falar contigo…

Harry – Muito bem, tens a minha atenção. O que pretendes falar?

Miguel – Se não te importasses, preferia que fosse lá fora para não incomodar a Vera. Se falarmos aqui ela pode acordar…

Harry – Claro. Vamos lá… - larguei a mão da Vera com o máximo cuidado para não a acordar e saímos os dois do quarto – pronto. Já podes falar…

Miguel – Bem, estás com a pressa toda.

Harry – Eu é que não quero passar muito tempo contigo! Por isso se não te importas vai diretamente ao assunto de uma vez por todas!

Miguel – Ok. Já vi que não dá para termos uma conversa minimamente civilizada por isso vou direto ao assunto…

Harry – Já devias ter ido…

Miguel – Se não me tiveres sempre a interromper pode ser que consiga – acabei por não dizer mais nada até ele acabar. Se ele não queria que o interrompesse, não o iria faze-lo – bem, começando. Presumo que a conversa entre ti e o pai da Vera não tenha corrido muito bem…

Harry – Não creio que tenhas alguma coisa a ver com isso. Avança com a conversa…

Miguel – Pelo tom de voz que falaste já vi que não correu bem como suspeitava…

Harry – Se vens aqui para me dizeres que tens todo o apoio do pai da Vera não precisas de o dizer pois já o sei. O pai dela fez questão de deixar isso bem claro…

Miguel – Eu sei. Mas é disso mesmo que preciso falar contigo. Sobre o pai dela, sobre o casamento, sobre a minha situação e principalmente sobre a tua situação no meio disto tudo.

Harry – Eu gosto da Vera, muito mesmo. Quero lutar por ela, se tiver que passar por ti é isso que farei!

Miguel – Está descansado que não será preciso isso porque não te vou facilitar a vida…

Harry – Como assim? Não estou a perceber?

Miguel – Em primeiro lugar quero deixar aqui bem presente que eu também gosto mesmo muito da Vera e o que vou fazer vai-me custar bastante, mais do que possas imaginar!

Harry – Estou a ouvir…

Miguel – Vou dizer ao pai da Vera que o casamento acabou, que não me quero casar! – fiquei perplexo. Não estava a acreditar no que estava a ouvir.

Harry – O que queres em troca? De certeza que não vais fazer isso sem fazeres alguma exigência!

Miguel – Não quero nada.

Harry – Definitivamente não estou a perceber nada!

Miguel – Eu explico. As raparigas vieram falar comigo, a Filipa e a Joana, e disseram-me que a Vera estava apaixonada por ti. Que ela estava mesmo bastante feliz contigo e que eu só estou a prejudicar. Elas pediram-me para ir falar com o pai da Vera e acabar tudo. Essa era a única solução para que ela ficasse aqui em Londres contigo…

Harry – Espera. Deixa ver se percebi. Tu vais acabar com o casamento para que ela fique comigo? Tu não gostas dela?

Miguel – Se eu não gostasse não o faria, podes ter a certeza. Sempre gostei dela mas ver-vos à pouco juntos fez-me perceber que ela nunca me olhou daquela maneira, que nunca se tinha sentido assim tão feliz. Por muito que me custe, se afastar for a solução é isso que farei! – nem sabia se haveria de ficar feliz ou de desconfiar de tudo o que me estava a dizer. Era bom demais para ser verdade…

Harry – Sinceramente nem sei o que te dizer…como podes imaginar não estou propriamente triste…

Miguel – Pois imagino. Bem, quero-te deixar mais um aviso. Se por acaso sonho que fizeste a Vera sofrer podes ter a certeza que não ficas vivo para contar a história ouviste bem?

Harry – Perfeitamente. No que depender de mim nunca irá acontecer…

Miguel – Ainda bem!

Harry – Já falaste com o pai dela?

Miguel – Ainda não. Vou falar a seguir, primeiro queria contigo primeiro…

Harry – Obrigada por tudo o que estás a fazer!

Miguel – Não precisas de agradecer…faço tudo pela Vera!

Ele acabou por se ir embora e eu voltei para dentro do quarto. Naquele momento não havia nada que estragasse a minha enorme felicidade!




Espero que tenham gostado.
Muito obrigado pelos comentários, eles são sempre bastante importantes!

Liis

5 comentários:

Anónimo disse...

gostei imenso, espero que corra tudo bem com a vera e o harry :)

Anónimo disse...

Adorei! :) *-*

Anónimo disse...

gostei muito, fico sempre ansiosa para saber o que se vai passar a seguir... quando publicas o proximo?

Anónimo disse...

quando publicas o próximo?

Anónimo disse...

Então, quando publicas o próximo??