quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Capitulo 8



(Liam)

Não consegui dormir nada durante a noite. A Matilde não conseguia sair-me da cabeça, aquelas palavras que dissera ainda estavam bem presentes na minha memória. Saí do quarto e desci para preparar qualquer coisa para comer. Era o primeiro, eles ainda estavam todos a dormir. Assim que passo pela porta estava uma espécie de carta no chão. Pego nela e na parte da frente tinha o meu nome. Lembro de imediato na Matilde e começo a ler.

Lá para os lados de Portugal, havia uma rapariga muito feliz e contente cheia de projetos e ideias para a sua vida. Tinha acabado o secundário e queria muito entrar na faculdade e prosseguir os seus sonhos. Mas a vida dela não se resumia apenas à vida académica, também tinha amigos e principalmente o namorado perfeito. Com ele partilhava tudo da sua vida, principalmente a sua paixão pelo futebol. Ele era jogador de futebol e ia sempre aos jogos dele, nem que corresse meio mundo para lá estar. Naquele momento tudo nele era perfeito e único.

Mas como dizem que tudo na vida acaba, esta perfeição também acabou. No dia do baile finalista, aquele dia em que tudo tem que estar perfeito, o vestido, o penteado, os acessórios, a maquilhagem, para deixar o namorado maravilhado, tudo se desmoronou. Pior do que ver o namorado a trair-te é vê-lo olhar para ti e sorrir como se tudo aquilo fosse normal. É olhar para ele a chorar, acabar tudo e ele nem se importar contigo. É ele vir no dia seguinte a tua casa, pedir desculpa, mas estás a ver nos olhos dele que não passa tudo de uma mentira, que ele só está a pensar na próxima mentira que te vai contar. É saberes que aquele sorriso que tanto amavas nunca mais vai sorrir para ti.

Ela como já não aguentava mais decidiu fugir, sair do país, desaparecer do mapa e nunca mais ter notícias dele. Depois de duas semanas após o baile, lá estava ela a pegar em todas as suas malas já no aeroporto de Londres. Em que a sua missão se resumia unicamente em reparar os cacos em que se encontrava o seu coração. O que ela não estava á espera era de esbarrar com o “reparador” do seu coração. Depois de duas semanas a sofrer, sem conseguir rir, nem sorrir, em apenas meia dúzia de palavras, o seu novo “anjo” tinha-a feito sorrir. Em menos de nada, esse “anjo” já tinha furado toda aquela mágoa á sua volta e já coabitava no seu coração. Isso deixou-a assustada, tentou afastar-se mas não conseguiu, havia uma força maior que a voltava a pôr frente a frente com o “anjo”. Mas continuava com medo. Sim, com medo. Tinha medo de sair novamente magoada, tinha medo de que aquele rapaz que via á sua frente não passasse de uma miragem, que toda aquela perfeição fosse fruto da sua imaginação.

Naquele dia do baile, o rapaz que a tinha traído não tinha apenas partido o coração em pedacinhos mas também tirou-lhe a confiança de voltar a amar. Ela já não conseguia confiar no seu coração…

Ela gosta do seu novo “anjo” mas tem medo…Ela precisa muito dele, mas tem medo. Ela quer deixar de ter medo mas precisa da ajuda dele…ela quer voltar a amar mas tem medo de não ser correspondida…

Matilde (ela)
O seu “anjo” (tu)

Saí imediatamente a correr de casa e não parei até chegar a casa dela. Toquei à campainha e aquela demora parecia uma eternidade. Até que ela abre a porta, ficou bastante surpreendida por me ver. Ia dizer qualquer coisa mas interrompia e disparei tudo o que estava a sentir

Liam – Desculpa, desculpa por ter apressado as coisas e ter feito com que recordasses coisas que não querias. Só quero que saibas que estou aqui e quero-te muito ajudar. Não me importa que demore uma eternidade, eu só quero estar contigo. Quero simplesmente saber que estás bem. Mas por favor não saias da minha vida…

Matie – Eu…

Liam – Shiuu. Não precisas de dizer nada! Quanto ao facto de teres medo de não seres correspondida, podes deixar de ter porque mais correspondida não podias estar! – ver um sorriso dela fez-me sentir o homem mais feliz do mundo e arredores – quando tiveres pronta eu estou aqui á tua espera, prometo! – abracei-a e depois de alguns minutos quebramos o abraço – agora que somos “amigos” – fiz aspas com dedos – se quiseres podes vir connosco ao parque de diversões. O que me dizes?

Matie – Parque de diversões? One Direction num parque de diversões? Ai podes ter a certeza que vou, só para vos ver a serem engolidos por fãs!

Liam – Está descansado que eu deixo um pedacinho de mim para ti!

Matie – Só um pedacinho?! Oh…

Liam – Sim. O meu coração…

Matie – Que querido! Assim deixas-me envergonhada e vermelha que nem um tomate!

Liam – Eu gosto de ti á mesma, vermelha ou azul…

Matie – Ai azul não! Não gosto de azul…faz-me lembrar um clube de Portugal que odeio!

Liam – És tão parvinha…

Matie – Já começamos com insultos? Ai que esta pseudo-relação de “amigos” não vai correr lá muito bem.

Liam – Vai correr bem nem que tenha que correr meio mundo para que resulte!

Matie – Obrigada! Nem sabes o que isso significa para mim…

Liam – E tu nem imaginas o quanto significas para mim…

Matie – Ok. Vamos lá parar com estas lamechices! Vou-me vestir, entra…

Liam – Está bem. Vou ligar ao pessoal que estou aqui e para passarem por cá para nos buscarem.

Matie – Olha, mas não te esqueças que amanha vamos para Portugal!

Liam – Não me esqueço! – ela acabou por subir as escadas por isso telefonei ao Louis – Então acordado?

Louis – Epah mas tu precisas de telefonar para mim quando estamos debaixo do mesmo teto? Eu sei que não vives sem mim mas não exageres!

Liam – Mas que raio estás tu a dizer? Mesmo teto? Estou em casa da Matie…

Louis – Ah…então não estás cá! Espera aí! Oh pessoal, o Liam não está em casa, podem fazer barulho! - ouvi-o gritar – nós a fazer grandes filmes por estares no quarto com a Matie e afinal tu já estás em casa dela…

Liam – É! Eu sou muito mais á frente que vocês todos!

Louis – Mas podias ter avisado aqui a malta assim não fazíamos figuras triste sempre que passávamos o teu quarto…

Liam – Mas saí muito á pressa e nem me lembrei. Olha, passas por aqui para me levares e à Matie.

Louis – Claro. Mas não sei aonde ela mora…

Liam – É muito fácil, sobes a rua, viras à esquerda, no segundo cruzamento viras à direita e é numa dessas casas. Nós estamos à porta.

Louis – Subir, esquerda, 2º direita. Ok. Até já!

(Matilde)


Assim que chegamos ao parque de diversões saímos do carro e nem sei como, ninguém reparou neles. Foi milagre. Entramos no parque e deram-nos um mapa com todas as diversões disponíveis.

Matie – Eu fico dona do mapa. Sou a única rapariga… - eles ficaram todos a olharem para mim – o que foi? Sou uma boa orientadora! Por isso vamos lá, por onde querem começar?

Zayn – Montanha-russa!

Niall – Isso ainda se discute? Vamos lá... – eles começaram a andar mas fiquei parada

Liam – Então? Não gostas de montanha-russa?

Matie – Pelo contrário, gosto bastante. Mas é por ali ó cabecinhas!  

Todos – Ah…pois é!

Matie – Para alguma coisa que tenho o mapa, para poder orientar essas cabeças de vento!

Depois de três voltas na montanha russa é que um grupo de raparigas deu conta de quem eles eram. Como eu estava do lado da saída fui completamente abalroada mas consegui sair do meio da multidão. Infelizmente alguém me tinha dado um pontapé ou outra coisa qualquer, no meu joelho e agora estava-me a doer bastante. Ainda tentei chamar pelo Liam para me ajudar mas não valia a pena. Não me ouvia. Sentei-me num banco e tirei uma ligadura da mala. Aquela ligadura fazia milagres sempre que tinha dores. Coloquei-a muito custo porque precisava de pelo menos de mais uma mão para aquilo ficar bem apertadinho. Passados alguns minutos, muito largos, vieram finalmente embora.

Liam – O que se passou? O que é tens no joelho?

Matie – Uma das tuas queridas e adoráveis fãs decidiu atropelar-me! Mas está descansado que estou bem!

Liam – Tens a certeza?

Harry – Não é preciso um médico?

Matie – Não é preciso nada! Estou bem agora que pus a ligadura. Vamos?

Percorremos todo o parque um bocado a custo porque cem em cem metros lá tínhamos que parar para dar autógrafos. Enquanto o Niall ia comer pela quinhenta vez naquele dia, eu e o Liam sentamo-nos num banco.

Matie – Bem, isto foi melhor do que estava á espera. Pelo menos ainda tens todas as peças do corpo…

Liam – Eu sou muito forte! – ele fez uma pausa e olhou para mim – Olha, lá em Portugal, por acaso…nós vamos encontrar o outro?

Matie – Ele chama-se Rafael…sim é provável. Ele vive a poucos metros da minha casa…mas nem penses em fazer alguma coisa estupida!

Liam – Partir-lhe a cara toda é alguma coisa estupida?

Matie – Ele até merecia, mas isso estarias a descer ao nível dele, e ele definitivamente não merece.

Liam – Acho que também lhe diria obrigado, no final!

Matie – Obrigada? Mas tu estás maluco ou quê? Viste bem o que ele me fez?

Liam – Não. Afinal de contas se não fosse ele, tu não estarias aqui, comigo. Se não fosse essa dor que sentias não tinhas querido sair de Portugal, eu não tinha ninguém com quem esbarrar, e não te tinha conhecido.

Matie – Só se for esse o único ponto positivo no meio de tanta tristeza…

Liam – E não chega?

Matie – Chega e sobra! Vê lá que até te partilho com miúdas que não conheço de lado nenhum!

Liam – Sim, mas eu era incapaz de trair alguém…

Matie – Experimenta só! Não ficas vivo para contar a história!

Antes de irmos embora parámos numa banca tiro ao alvo. O objetivo era acertar num alvo e o prémio era um peluche à escolha. Estava contente porque o Liam ia tentar ganhar-me um peluche, não era bem pelo boneco mas sim pelo facto de ele querer dar-me algo. Mas não tive grande sorte, em cinco tentativas não acertou. Como também sou péssima em pontarias nem quis tentar. A espingarda passou por todos e foi na quarta tentativa do Zayn é que acertaram finalmente no alvo. O senhor pediu para escolher qual é o pretendido

Zayn – Matie, podes escolher! Faz de conta que foi o Liam que acertou, como nós somos uns queridos não queríamos que ele ficasse mal….

Liam – Que bons amigos que são vocês!!

Matie – Ahah – virei-me para o Liam –  Obrigada pelo peluche. – virei-me para o senhor e pedi um amarelo muito querido e enorme.

Louis – O boneco até é parecido com o Liam…

Matie – Oh, não tem nada. O peluche é tão querido e fofo… - o que provocou a gargalhada geral

Harry – Ahah. Bem dito! – ele esticou-me a mão e dei-lhe “mais cinco”.

Liam – Vou ficar amuado…

Matie – Oh! O meu menino não gostou foi? – olhei para o Liam e ele sorriu – bem me parecia… - pus-me em biquinhos de pés e sussurrei-lhe ao ouvido – Tu também és muito fofinho!

Liam – Eu sei…

Matie – Não és mesmo nada convencido…

***

Depois de chegar a casa fui preparar uma pequena mala para o dia seguinte viajar para Portugal. Estava bastante ansiosa e nem sonhava no que se iria lá passar.


Espero que gostem!
Muito obrigada pelos comentários, são sempre bastante importantes para mim!
bjinhos
Liis

3 comentários:

Maria Souzie disse...

Amei! Posta mais

OneDirection ♥ disse...

Eu ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ((:
Publica rápido (:

Anónimo disse...

Aiii, escreves tão bem , a carta está tão fofinha , não tens noção do quanto estou a gostar da tua história!